domingo, 27 de fevereiro de 2011

A 29º Bienal de São Paulo - Obras selecionadas





Palácio das Artes, 26 de fevereiro de 2011

Descrição:
A 29º Bienal de São Paulo - Obras selecionadas, nos deu a oportunidade de perceber o valor da arte na vida das pessoas. Cada escultura com sua forma peculiar nos indagam no sentido de curiosidade e percepção, pois as obras são de sentidos e objetivos diferenciados. Como pudemos observar nas obras de Rosangela Rennó, Tatiana Blass, Hélio Oiticica, Gil Vicente e de todos os outros, a linguagem da arte deve ser apreciada de maneira visual e também corporal, cada uma delas com sua forma simples ou mais elaborada nos remete algum sentimento podendo ser ele de várias espécies. O cair da suposta parafina de vela em um sutil piano vai emudecendo um instrumento tão delicado com o tocar das mãos do pianista. É fascinante perceber como algo tão diferente pode nos cativar e ao mesmo tempo nos fazer repudiar por não entendermos o que aquilo quer dizer, e se a obra nos quer dizer algo. O chão abarrotado de giz pode nos fazer pensar no quanto as palavras podem ser úteis, mas, logo são esquecidas ou apagadas. Ao ver líderes sendo ameaçados de morte nos surpreende a irreverência e coragem do artista. Contudo a amostra é sem dúvidas um grande convite para uma reflexão sobre a política que envolve o nosso país e nos apresenta idéias de reação quanto a ações proposta pelos governantes. A quem ainda não teve a oportunidade de ir até a galeria, nós recomendamos, não só pela beleza encontrada nas obras, mas pelos ideais que elas nos remetem.
Análise Crítica:
Depois de observarmos as obras na exposição "Há sempre um copo de mar para um homem navegar"; percebemos que a arte pode estar implícita nos pequenos detalhes da obra ou até mesmo, nos revelar coisas óbvias, mas que nem sempre estamos atentos. Como pudemos notar na obra de Jimmie Durham,onde ele coloca a cultura ou a falta de cultura brasileira em evidência, deixando à mostra revistas com conteúdos de baixa importância mostrando que é isto que faz a diferença para o brasileiro,não se preocupar com o realmente é necessário. Em um olhar filosófico a arte nos implica as incoerências que a vida traz em certos momentos, muitas vezes querendo transparecer algo ou até mesmo quando não querem dizer nada acabam nos passando alguma mensagem podendo ser ela moral ou não, religiosa ou não, entre outros aspectos. A arte não pode ser definida pela sua complexidade e pela sua amplidão, sendo assim não deve mais ser definida como arte, forma ou expressão, sendo hoje entendida como uma forma especial de conhecimento ou de crítica. Crítica esta, que deve ser feita por aqueles que tem sabedoria suficiente para analisá-la.